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Cada poesia é uma gota,
De uma chuva torrencial,
Que umedece a telha rota,
E nunca é especial.
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Pois em tudo que escrevo,
Todo ponto se assemelha,
À umidade em relevo,
Que consome cada telha.
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E a chuva quando para,
No telhado umedecido,
Tem então a mesma cara,
Daquilo que foi escrito.
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O.T.Velho
quarta-feira, 21 de novembro de 2007
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