CASA VAZIA

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Na casa vazia, um galope,
De coisas tangidas, de nada,
Que entorpecem e entope,
Minha manhã começada.
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Neste atropelo se gruda,
O meu olhar que repara,
Que a confissão se faz muda,
Quando a gente a declara.
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E nessa fagulha se acende,
Os restos de uma prece,
Que ao meu silêncio se rende,
E nada mais acontece.
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O.T.Velho