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O tempo é o eterno paralelo
Na hora perdida que se trunca,
E é cada orifício deste elo
Que leva as horas para o nunca.
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Jamais devolve, não há volta,
É como a chuva de granizo
Que fere as tardes, se revolta
Só pra dizer que foi preciso.
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Então me ocorre o pensamento
Porque não para de chover?
Pois se o granizo fere o vento
O tempo agora é pra esquecer.
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O.T.Velho
quarta-feira, 22 de julho de 2009
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