segunda-feira, 13 de julho de 2009

DESAFORISMO

segunda-feira, 13 de julho de 2009
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Toda canção é como a folha,
Um fragmento que se solta,
Caindo leve como bolha,
Por um instante e nunca volta.
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E uma canção quando ouvida.
Ou quando a gente dela sabe.
Cria uma imagem repetida,
E assim repete até que acabe.
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Eu já não sei como se canta
Pois todas formas de canção
Ficam em mim só na garganta
E, desse jeito, morrem então.
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O.T.Velho

1 comentários:

caetano trindade disse...

Caro Poeta,
Muitos belos e afiados sonetos. Eu até pensei que estava lendo Fernando Pessoa, uma projection num dos prediletos poetas. Numa "discreta" lisonjeada parabenizo esta tamanha sensibilidade, mesmo observando com dúvida o ritmo da "Humanidade".
Compartilho a mesma lealdade nesta travessia da "Rua XV" com a silencia-tura numa "discreta piedade".
Meus cumprimentos, avante poeta.
Eu näo sou humanóide, mas asteróide.
Porque viajo a milhares no sonho e preso neste medonho templo.
A vida em carambolagem desfia no peito mágoa e batida fria do tempo.
Raparigas cortejam na praca dias de veräo aproveitando para amolar o coracäo.
Salud,
Caetano Trindade

 
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