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Este mundo de estilhaços,
De alma pontiaguda,
Se encolhe nos meus braços
Como que pedindo ajuda.
.
Vem o manto e o encobre
Numa tal similitude,
Que me sinto apenas pobre
E não sei em que ajude.
.
Varre o corpo pro deserto
Qua a alma ja varrida,
Encobriu-se tão de perto
Que perdeu-se ou é perdida.
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O.T.Velho
quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009
segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009
MONODIÁLOGO
segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009
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Às vezes penso, sei lá
em ser outro, de repente,
tão igual ao que sou já
E assim mesmo diferente.
.
e nesta mesma diferença
Me fará não ser quem sou,
Eu serei o que me pensa
Mas não do modo que pensou.
.
Talvez assim dessemelhante
Contraditório, louco, enfim,
Irei crer-me o bastante
E serei outro então assim.
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O.T.Velho
Às vezes penso, sei lá
em ser outro, de repente,
tão igual ao que sou já
E assim mesmo diferente.
.
e nesta mesma diferença
Me fará não ser quem sou,
Eu serei o que me pensa
Mas não do modo que pensou.
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Talvez assim dessemelhante
Contraditório, louco, enfim,
Irei crer-me o bastante
E serei outro então assim.
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O.T.Velho
...UMA VEZ
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Nosso jeito é uma mistura
É mescla de tanta cor
que nem parece pintura
É mais que isso, é amor.
.
é um jeito tresloucado
um arremedo estranho
entre o amor e o amado
Sem conjectura ou tamanho
.
E se amar-te é como saber
De coisas sempre iguais
Pareço sempre reler
Somente pra saber mais.
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O.T.Velho
Nosso jeito é uma mistura
É mescla de tanta cor
que nem parece pintura
É mais que isso, é amor.
.
é um jeito tresloucado
um arremedo estranho
entre o amor e o amado
Sem conjectura ou tamanho
.
E se amar-te é como saber
De coisas sempre iguais
Pareço sempre reler
Somente pra saber mais.
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O.T.Velho
VASO DE PORCELANA
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Minhas mãos brancas de argila
Nunca puderam entender,
Porque a noite tão tranquila
Tem rostos pra esconder.
.
Meus pés descalços, meus chinelos
falam de tudo que não sei,
Falam que os becos não são belos
Porque assim eu os tornei.
.
Só sei dos sonhos que eu não tive
Na cor de argila em minha pele,
E se a noite é noite no que vive
Talvez um dia me revele.
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O.T.Velho
Minhas mãos brancas de argila
Nunca puderam entender,
Porque a noite tão tranquila
Tem rostos pra esconder.
.
Meus pés descalços, meus chinelos
falam de tudo que não sei,
Falam que os becos não são belos
Porque assim eu os tornei.
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Só sei dos sonhos que eu não tive
Na cor de argila em minha pele,
E se a noite é noite no que vive
Talvez um dia me revele.
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O.T.Velho
INTERLÚDIO AFRICANO
.
Há uma certa indecisão
Em tudo que sei ou quero,
Não por coisas que serão
Ou por outras que espero.
.
Nem o tempo não me dirá
Nada quero que me contem,
Pois obviamente será
Aquilo que já fui ontem.
.
Então não sei se indeciso
É um termo que me explica,
pois já sei do que preciso
Só não sei onde ele fica.
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O.T.Velho
Há uma certa indecisão
Em tudo que sei ou quero,
Não por coisas que serão
Ou por outras que espero.
.
Nem o tempo não me dirá
Nada quero que me contem,
Pois obviamente será
Aquilo que já fui ontem.
.
Então não sei se indeciso
É um termo que me explica,
pois já sei do que preciso
Só não sei onde ele fica.
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O.T.Velho
RIBEIRINHO DAS VOLTAS
.
O rio rumina e a vazante
Faz da corrente rompida,
Uma transparencia cortante
Que tira a água da vida.
.
E num caudal que flameja
O veio grita e derrama,
Na foz que inunda e despeja
Feito alguém que nos chama.
.
E o ribeirão permanece
Ouvindo o rio dizer,
Palavra ouvida se esquece
Falar pra dentro é saber.
.
O.T.Velho
O rio rumina e a vazante
Faz da corrente rompida,
Uma transparencia cortante
Que tira a água da vida.
.
E num caudal que flameja
O veio grita e derrama,
Na foz que inunda e despeja
Feito alguém que nos chama.
.
E o ribeirão permanece
Ouvindo o rio dizer,
Palavra ouvida se esquece
Falar pra dentro é saber.
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O.T.Velho
JARROS E MÁSCARAS
.
Nesta página de um rosto
Que estampei em minha cara,
Se esconde o meu oposto
Como vinho em água clara.
.
E o semblante declarado
Escondido em minha tês,
O que mostra é guardado
Muito além do que tu vês.
.
Saberás de outra maneira
Só daquilo que não fui,
Feito água de torneira
Que se esvai e não dilui.
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O.T.Velho
Nesta página de um rosto
Que estampei em minha cara,
Se esconde o meu oposto
Como vinho em água clara.
.
E o semblante declarado
Escondido em minha tês,
O que mostra é guardado
Muito além do que tu vês.
.
Saberás de outra maneira
Só daquilo que não fui,
Feito água de torneira
Que se esvai e não dilui.
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O.T.Velho
MOLDURA DE CERA
.
Meu antagonismo se repete
de um modo tão reprimido,
Que faz crer que eu me complete
e não sou tão repetido.
.
E não raro pelas ruas
Onde vou, meu descaminho,
De uma sombra forma duas
E não sou tão mais sozinho.
.
Só palavras, nenhum gesto
Só rabiscos num bilhete,
Sou de mim o imanifesto
Da poeira de um tapete.
.
O.T.Velho
Meu antagonismo se repete
de um modo tão reprimido,
Que faz crer que eu me complete
e não sou tão repetido.
.
E não raro pelas ruas
Onde vou, meu descaminho,
De uma sombra forma duas
E não sou tão mais sozinho.
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Só palavras, nenhum gesto
Só rabiscos num bilhete,
Sou de mim o imanifesto
Da poeira de um tapete.
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O.T.Velho
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